domingo, 12 de abril de 2009

As palavras na minha cabeça...

Hoje? Hoje eu tropeçei como poeta...
pulei do "a" pro "e" como quem pula de flor em flor...
Saí, sabe, por ai, numa imensidão de pulos
Tirei o chapéu para as vogais que passavam e
dei a vez para as consoantes no trem ...

Mais pareciam moças bonitas a se arrumar...
em minha cabeça estavam todas se enfeitando, se empetecando
para melhor sair na foto, no papel...

Os "erres" ríspidos se juntaram e ficaram a conversar coisas sérias da economia...
Os "esses" mais suaves que são, ficavam suspirando na janela para os "ós", grandes galanteadores, que passavam pela rua àquelas horas...

E naquela confusão de saber se "s" era "z" ou "c" ficamos na ex-taca 0...

Acamos por voltar ao início de onde tudo emana, toda graça do mundo...
Os "ÁS" são realmente fantásticos e saíram com seu feminino (ou feminina, como queiram!) a mostrar a todos sua beleza,
como se desfilasse na passarela...

Os "ÉS" enciumados caíram também na dança e sairam pelas becos a cantar o alfabeto...

Várias e várias vezes...

E assim foi a minha noite de escrita. Como quem tem as palavras dançando em sua cabeça. Como quem tem um festa cheia de som e cor...

As palavras, todos os dias precisamos liga-las logo, logo, logo...

Porque depois fica mais difícil. Elas ficam sem sono.
Agitam-se...



Cláudio Mattos

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Abril...abriu...

Abril, abriu...
Abriram-se as portas de um novo começo
de um novo enlançe
uma nova oportunidade de mudança

Abiu-se a cabeça com vontade, pois já queria-se abrir
abriu...abril

Jogou-se fora tudo o que era inútil,
e atribuiu-se a alma uma festividades de cores
deram um chute alto pra todas as dores...

Abriu-se a mente pra o percurso, o camunho...e o fez...
mas não o fez sozinho...

Nascer do sol...Nascer de mim...!

Ah esse jogo des sons e cores que aprecem na hora do amanhecer. É difícil conseguir se concentra em apenas uma coisa, um acontecimento. Considero o amanhecer mais belo que o pôr-do-sol, apesar da beleza do último ser incontestável tenho que levar em conta a grandiosidade que um amanhecer.
O pôr-do-sol é belíssimo sem dúvida. Com aquele adornado de cores todo final de tarde mais parece uma tela de quadro. Mas o que detenho a falar do amanhecer que se torna mais belo é pelo simples fato de ele emanar do nada.

Sim, som. O amanhecer emana do nada, quando todos estão em silêncio...durmindo...
Ele se faz através do canto de passarinhos, que por onde eu vou, não importa onde, eles sempre estão a entoar os mais belos concertos matinais. A coloração do céu é belíssima e brinca com nossos sentidos, pois é com o passar do tempo que o astro-rei vai aparecendo...devagarinho. E se por acaso por um instante nos distrairmos assim que voltarmos a olhar para o infinito vai paracer mais claro, mais cheio de vida...

Ele vai se enveredando na vida do mundo e avisando a quem dorme que é hora de viver, de levantar e de sentir o mundo.

É como um aviso para os esquecidos. Um puxe-avante para durminhocos. Um toque leve na face para os animados. Um beijo dulssíssimo para os poetas e apaixonados e covenhamos esse dois últimos são sînônimos de uma vida inteira.

E como uma vida inteira ele se faz presente em nós todos os as noites que se torna dias, e noites que se tornam dias, e noites que se tornam dias...

Não me esquecerei jamais do "pôr"´. Quem sabe noutra manhã escreva sobre seu modo de se inflintrar na minha vida.

O amanhecer é belo por acordar os mortos e por ser silencioso.

O amnhecer é belo por ser graciosamente divino e divinamente gracioso na mesma manhã.

Que tal amanhã...!


Cláudio Mattos


PS:Escrito em 27/02/2009, provavelmente bem tarde da noite