domingo, 21 de fevereiro de 2010

Que tempo?

A hora. Corra. Agora, vá.
Depois não tem mais hora. Que hora? Agora.
O tempo já voa, faz tempo que ele magoa
quem mora por fora, pra dentro, faz tempo.

Cadê? Relógio, ponteiro e corre
Infância o tempo que morre
na pressa tudo vai embora, na hora
que tem de ir embora

e é rápido, não espera, pois pressa se tem
se vive vivendo na pressa
e agora não há hora pra niguém

mas ora...ora.

e você cadê?
Já foste? Já foste embora?
Quando então? Será que sabemos quando e como o tempo passa
parece que voa, some e derrepende a vida tá escassa
a infância já é outra, de outrem, da boca

No povo, nagente é que vive o tempo
No momento, no momento de agora.
só assim, só agora...

A hora...a hora..a hora. Chegou
Chegou o momento de agora
e agora?


Cláudio Mattos

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Sol e só

olhe e veja a vida correndo lá fora
a foto registra o momento de agora
o momento se vive e vai logo embora

cadeiras arrastadas na casa de vó
som de viola, de voz e memória
que brincam de tudo e criam canções
canções do momento, alegram e se vão

momentos, momentos...Só neles vivemos
cantamos, sorrimos nas claves de sol
nos sóis de novembro, outubro ou janeiro
vivemos juntinhos sorrindo o agora

esperando que os três pontos não se acabem...


Cláudio Mattos