Sopros sopranos, saltos supremos
Santos profanos, barcos sem remos...
O gozo da vida se esvai sem demora
A casa que fica a casa que chora...
O balanço do parque não fica parado
A criança que brinca e cai do alambrado!
O barulho da vida sumiu e não volta
Não há pessoas nas ruas, só muros e portas...
Se a luz ainda existe
podemos dizer:
Se os sopros sopraram
Sopre eles também você!
Cláudio Mattos
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