Eu queria saber
queria fazer versos como quem morre
fortes, avassaladores
sangrentos até
meus versos não são
sou poeta não-poeta
sou poeta vagabundo
que nem seus versos revisa, revê
apenas escreve
escreve o que de sorte há em sua mente
e acaba saindo algo
algo que não sei se é forte
não sei se avalassa
tem sangue
disso sei
queria escrever como quem morre
queria morrer escrevendo
talvez escrever a morte
talvez escrever simplesmente
Cláudio Mattos
2 comentários:
E a metalinguagem corre solta! :P Um poema forte (será alto também?) como o próprio autor.
'Queria escrever como quem morre'
Você já o fez sem perceber. Isso é bom, revela o grande escritor que és. Avassalador!
Um júbilo de letras, um oceano de emoção. saber se impactou é dúvida que não se tem, mas saber se emocionou...É, foi mais além!
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