sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Cair em terra

Hoje tudo o que escrevi começei com "hoje" e claro pra não perder o custume falarei de "hoje"...

Caio em terra como um vacúolo dirperso
uma gota que se despedaça em flor
uma bruma que se enveredou no orvalho da manhã

Hoje cai de vez, em mim mesmo e cai forte
Toda ema que passou nem ao menos falou...
Ah ema, amo, omo, tramo, tramóia...passageira

de espírito sagaz e assaz competente para lutar
contra os ladrôes...

Quantos 30? 40?
Talvez.
Mas também só hoje, porque amanhã ó?

Vai saber!?!

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Quem saberá?

Para todo sempre serei
a continuação daquilo que já se findou
E que na verdade não se findou...
Irei emendar e ligar as pontas da vida
dar prosseguimento ao rio que corre da janela do meu quarto
vou seguir...Até o amanhecer...

Com qual finalidade se escreve num amanhecer?
Crescer sem tamanho, feito luz...

Sai, sai tu por ai ofuscando os olhos de quem não te viu...

Porque não? Aqueles que não te conhecem não podem falar
Ah, que tristes são e tão sãos!
Feliz sou eu que escrevo pra ti no amanhecer
quando o sol tece sua manhã!

Feliz sou eu que procuro o infinito no desprendimento da razão
Oh papai noel que alegria, dirás...
É tão lindo planar nessa imensidão de seres e cores
Afazeres e dores que se culminam e se matam
se esfolam e se estufam num dançar magnífico...

Água...Será de amanhã?
Será para cá?
Irá ela voar?
Irá?

Quem saberá?


Cláudio Mattos